O sonho de encontrar um tesouro perdido no bolso faz com que muitos brasileiros se tornem alvos fáceis de quadrilhas especializadas em fraudes numismáticas. Criminosos se aproveitam da falta de conhecimento técnico para vender falsificações grosseiras ou comprar peças valiosas por preços irrisórios, exigindo atenção redobrada de quem deseja entrar nesse mercado.
A primeira medida de segurança é conhecer as características originais da peça, como o peso exato e o tipo de metal utilizado na fabricação pela Casa da Moeda do Brasil. Falsificadores costumam usar metais baratos que são mais leves ou que reagem de forma diferente ao ímã, entregando a fraude na hora do teste manual.
Outro ponto de atenção é a qualidade da gravação dos desenhos e letras, que nas moedas originais é perfeita e nítida. Peças falsas geralmente apresentam borrões, letras tortas ou relevos muito rasos, detalhes que um olhar atento ou uma lupa simples conseguem identificar rapidamente.
O truque com moedas que está assustando colecionadores e movimentando o mercado numismático brasileiro – Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb / Créditos: depositphotos.com / gorkemdemir
Negociar em redes sociais sem garantias é um campo minado, pois muitos perfis são falsos e desaparecem logo após receberem o pagamento via Pix. O Procon alerta constantemente sobre ofertas que parecem milagrosas, com preços muito abaixo do mercado, usadas apenas para atrair vítimas desavisadas.
Além disso, existe o risco de enviar sua moeda autêntica para um suposto comprador avaliar e receber de volta uma pedra ou uma peça falsa. A recomendação é nunca enviar o produto antes de ter a confirmação segura do pagamento ou usar plataformas que garantam a intermediação.
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Os golpistas são criativos e inventam histórias convincentes para valorizar peças comuns ou esconder defeitos graves em itens danificados. Eles manipulam a percepção do comprador usando termos técnicos de forma errada para justificar preços abusivos em moedas que não valem nada.
Fique atento às táticas mais frequentes usadas para enganar iniciantes:
Se você perceber que caiu em uma armadilha, o primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, que pode ser feito online na maioria dos estados. Em seguida, reporte o anúncio ou o perfil do vendedor na plataforma onde a negociação ocorreu para evitar que outros caiam.
Também é fundamental registrar a reclamação no portal Consumidor.gov.br, caso a compra tenha sido feita em sites de leilão ou lojas virtuais. A Senacon monitora esses crimes digitais e pode atuar para derrubar páginas fraudulentas que lesam a população.
O truque com moedas que está assustando colecionadores e movimentando o mercado numismático brasileiro – Créditos: depositphotos.com / Kzenon / Créditos: depositphotos.com / ClassyCatStudio
Não existe nenhum tabelamento oficial de valores para itens de coleção, pois o preço é definido livremente pela oferta e procura entre particulares. O Banco Central garante apenas o valor de face (o número impresso na moeda), que é o único obrigatório para o comércio em geral.
Portanto, tenha cuidado com vendedores que mostram “tabelas oficiais” ou catálogos manipulados para provar que uma peça vale milhões. A avaliação correta depende do estado de conservação e deve ser feita comparando preços em diversos leilões e catálogos reconhecidos por numismatas sérios.
Entrar no mundo do colecionismo exige cautela para não transformar um hobby lucrativo em prejuízo financeiro. Abaixo, respondemos de forma direta as dúvidas principais para você negociar com segurança:
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