O dólar fechou esta terça-feira (23) em queda de 0,95%, a R$ 5,53, após sete pregões consecutivos de valorização. O movimento foi intensificado pela realização de dois leilões de linha promovidos pelo Banco Central (BC).
Dos US$ 2 bilhões ofertados nos leilões, o BC vendeu US$ 500 milhões. Como a operação não estava vinculada à rolagem de contratos que vencem no curto prazo, ela representou uma injeção adicional de liquidez no câmbio, em um período tradicionalmente marcado por menor volume de negócios devido ao Natal.
Apesar da queda no dia, a moeda americana ainda acumula alta de 0,03% na semana e de 3,69% no mês. Em 2025, porém, registra desvalorização de 10,50%.
No exterior, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — recuou 0,34%, aos 97,948 pontos, após tocar a mínima de 97,852 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
Ainda assim, operadores avaliam que o fator externo teve influência limitada sobre o câmbio doméstico. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada de 4,3% no terceiro trimestre, acima das expectativas do mercado.
No Brasil, o destaque do dia foi a divulgação do IPCA-15 de dezembro, prévia da inflação oficial. O índice subiu 0,25% no mês e acumulou alta de 4,41% em 12 meses, resultado abaixo do teto da meta de inflação, de 4,5%, e em linha com as projeções dos analistas.
Apesar disso, o dado não foi suficiente para provocar uma queda mais intensa do dólar. De acordo com analistas, o cancelamento de uma entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para a perda de tração da moeda americana no período da tarde, ao reduzir incertezas políticas de curto prazo percebidas por parte do mercado.
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