A legislação de trânsito brasileira consolidou-se como uma das mais rigorosas do mundo, estabelecendo a tolerância zero para quem assume o volante após consumir substâncias psicoativas. Dirigir sob influência de álcool ou drogas deixou de ser apenas uma infração administrativa e se tornou um foco central das fiscalizações para reduzir a letalidade nas rodovias.
Seja um copo de cerveja ou o uso de entorpecentes ilícitos, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não faz distinção na gravidade do ato: o objetivo é retirar de circulação condutores que apresentem capacidade psicomotora alterada. A punição vai muito além da multa, podendo resultar em detenção imediata.
A infração é classificada como gravíssima, com um fator multiplicador de 10 vezes sobre o valor base. Isso significa que a multa aplicada chega a R$ 2.934,70, além da abertura automática de um processo de suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Caso o motorista seja reincidente nesse comportamento no período de um ano, o valor da penalidade dobra, saltando para R$ 5.869,40. Além do prejuízo financeiro, o veículo fica retido até que um condutor habilitado e sóbrio se apresente para retirá-lo do local da blitz.
RegInfração de trânsito prevê multa elevada e suspensão prolongada da CNH – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy
Existe uma linha tênue que separa a infração administrativa da esfera criminal. O condutor é preso em flagrante se o teste do bafômetro apontar concentração igual ou superior a 0,34 miligramas de álcool por litro de ar alveolar (ou 0,6 decigramas por litro de sangue).
No caso de drogas ilícitas, a constatação de sinais visíveis de alteração comportamental, confirmada por laudo médico ou perícia, também enquadra o motorista no artigo 306 do CTB. A pena prevista é de detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de obter a habilitação.
Leia também: Lei do retrovisor vai estar em vigor em 2026 e afetando todos os brasileiros
Esse é um dos maiores mitos das estradas. A recusa ao teste do bafômetro ou ao exame toxicológico é tratada com o mesmo rigor do resultado positivo. O condutor sofre as mesmas sanções administrativas: multa de quase 3 mil reais e suspensão da CNH por um ano.
A recusa é um direito constitucional para não produzir provas contra si mesmo no âmbito criminal, mas não impede a autuação administrativa. Abaixo, comparamos os cenários possíveis durante uma abordagem policial:
| Situação | Consequência Imediata | Penalidade |
| Teste Positivo (até 0,33 mg/l) | Infração Gravíssima | Multa + Suspensão 12 meses |
| Teste Positivo (acima de 0,34 mg/l) | Crime de Trânsito | Prisão + Multa + Suspensão |
| Recusa ao Teste | Infração Gravíssima | Multa + Suspensão 12 meses |
Substâncias como maconha, cocaína e anfetaminas (rebites) distorcem a percepção de realidade e o tempo de reação. A maconha, por exemplo, causa relaxamento excessivo e perda de foco, enquanto estimulantes geram agressividade e excesso de confiança, levando a ultrapassagens perigosas.
A fiscalização moderna já utiliza equipamentos conhecidos como “drogômetros”, que analisam a saliva para detectar o uso recente dessas substâncias. O argumento de que a droga foi consumida horas antes não invalida a autuação se os vestígios ainda estiverem ativos no organismo.
Infração de trânsito prevê multa elevada e suspensão prolongada da CNH – (Créditos: depositphotos.com / joasouza)
O post Lei de trânsito traz multa insana de R$ 2.934,70, suspensão de 12 meses da CNH e vira pesadelo para motoristas brasileiros apareceu primeiro em Monitor do Mercado.


